quinta-feira, 24 de setembro de 2020

TRABALHO FINAL

 Nosso último dia de aula do CC de Universidade e Contexto Planetário aconteceu no dia 24/09/20.Para encerrar esse CC foi realizado uma atividade de vídeo e texto,onde cada aluno teve que abordar sobre a pandemia.

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS

CAMPUS JORGE AMADO

 

 

 

 

 

 

Luciene Jesus da Paixao

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os desafios em setores socioeconômicos e na saúde durante a pandemia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ITABUNA - BA

Setembro - 2020

 

 

Luciene Jesus da Paixao

 

 

 

 

 

 

 

 

Os desafios em setores socioeconômicos e na saúde durante a pandemia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho Final apresentado ao componente curricular Universidade e Contexto Planetário, 2020.1 da Universidade Federal do Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção de créditos no CC.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ITABUNA - BA

Setembro - 2020

 

 


 

SUMÁRIO

 

 

Página

 

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................

1

2. OBJETIVOS........................................................................................................

2

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................

3

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................

4

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS PESQUISADOS .............................................................................

 

6

6. REFERÊNCIAS.................................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

 

Diante do panorama ocasionado pela pandemia, que provocou diversas alterações em diversos setores, tantos econômicos quanto sociais em diversos Países, foi necessário repensar ações, manter um novo comportamento por parte não só das autoridades competentes como de toda a população.

Com um grande espaço na mídia, o corona vírus, que teria surgido na China e se espalhou por diversos outros Países, foi se tornando cada vez mais conhecido dos brasileiros, começando a aparecer casos confirmados no início do mês de março e uma série de dúvidas quanto a sua gravidade e o futuro do País.

A partir do que está sendo chamado de” novo normal”, as pessoas tiveram que adotar medidas consideradas importantes para evitar a infecção do vírus, começando por uso de máscaras e pelo isolamento social que os mantém longe não só de familiares e amigos, assim como de suas atividades empregatícia, dos estudos e dos lazeres e assim evitar que o mesmo disseminasse.

E para não incorrer em equívocos por parte dos que ainda não haviam se dado conta da gravidade do vírus, foi necessário compreender que se manter longe era um gesto de amor e respeito, uma vez que foi alertado sobre as pessoas que faziam parte do grupo de riscos, como idosos e pessoas com algum tipo de morbidade.

Diante das incertezas quanto ao fim da COVID-19 e as buscas dos pesquisadores para desenvolver uma vacina que fosse eficaz na cura de toda a população, uma das medidas também adotadas para evitar a infecção do vírus, que é a higienização das mãos chamou atenção para uma grande discussão no País, muitos se perguntaram como seria possível, quando muitos não tem acesso a água limpa e nem recursos econômicos para obter.

 As questões sobre a crise sanitária no Brasil prejudica o meio ambiente como reflete as falhas no sistema de saúde e evidencia as diferenças socioeconômicas que atinge não só a população de baixa renda, vulnerável as doenças. Outro fator preocupante foi que devido ao isolamento muitos trabalhadores que tinham uma renda mínima perderam seus empregos e não possuíam rendas extras.

Para vivermos num ambiente saudável é necessário, antes de tudo possuirmos uma estrutura socioeconômica de uma política pública  eficaz e adequada o que infelizmente, não tem acontecido há muito tempo, a população que reside em bairros periféricos, em pequenas cidades e grandes centros urbanos, onde não tem agua tratada e nem uma rede de esgoto de qualidade, e ficam expostos a todo tipo de doença, inclusive a covid 19, que requer um cuidado especifico de limpeza, pois as mãos tem que estarem higienizadas com a agua e o sabão. No entanto, muitos nem possuíam recursos necessários para isso,e nem para a compra de produtos como o álcool em gel  e  residem sem uma infraestrutura digna, papel fundamental dos governantes e seguem suas rotinas dividindo espaços com os esgotos que escoam pelas ruas, que muitas vezes não possuem asfaltos.

  Muitas dessas pessoas por ser de baixa renda  não possuem planos de saúde e em meio a todo esse cenário recorreram  aos hospitais públicos ,que também têm suas carências ,pois muitos espaços hospitalares, não descartam de forma correta seus resíduos ,causando danos aos pacientes e ao meio ambiente  e em meio a uma crise mundial na saúde, por conta do corona vírus toda ação exigiu muito mais cuidado, pudemos acompanhar por meios de comunicação que  houve um número alarmante de profissionais que se contaminaram nos hospitais, alguns deles chegaram a perder a sua vida, outros infectaram os seus  familiares por estarem trabalhando na linha de frente, nem todos os hospitais possuíam equipamentos de proteção  individual suficientes para os profissionais, gerando uma certa insegurança tanto para quem trabalha, e para os pacientes que estavam sendo  atendidos.

 Nesse contexto, de diferenças socioeconômica, crises sanitária e ambientais, territórios como o sul da Bahia que possui Universidades renomadas recebe uma contribuição fundamental nesse processo, pois a parceria dessas universidades com órgãos públicos e pessoas da comunidade local ameniza as dificuldades, através de campanhas solidarias que visam diminuir os impactos sociais negativos

 

2. OBJETIVOS

 

Durante a discussão do presente artigo, serão apresentadas considerações acerca da temática crise ambiental e crise sanitária, as desigualdades econômicas por conta do vírus e o papel das universidades no território em meio a esse contexto. Observar de que forma as universidades como a UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) e UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) têm se mobilizado para sanar o impacto socioeconômico que a região do sul da Bahia tem enfrentado devido ao covid 19.

Entender que tipo de parceria foi estabelecida e de que forma essas ações foram aplicadas para a população local.

 

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É sabido que o corona vírus encaminhou uma onda de desempregos, devido as condições socioeconômicas que vários pessoas se viram envolvidas e por não possuir mais recursos foram obrigados a conviver com a pobreza o que segundo Rocha (2003, p. 9), “pobreza é um fenômeno complexo, podendo ser definido de forma genérica como a situação na qual as necessidades não são atendidas de forma adequada.” A crise ocasionada pela Covid-19, chama atenção para as questões que além de ter impactos na saúde, modifica também   a economia do local, que passa a ser geridas por trabalhadores informais, Segundo Silva e Graciolli (2004, p.7):

 A combinação entre o desemprego em massa e permanente e a informalidade produz um efeito devastador no cotidiano do trabalho: uma situação de semi-emprego na qual, para a maior parte dos trabalhadores, desaparece a divisão entre uma situação de segurança (no emprego) e de insegurança, infundindo um sentimento de medo silencioso e constante entre os assalariados. É um processo que se retroalimenta, um círculo vicioso difícil de ser quebrado: o medo permanente – e expectativa real – da perda do emprego, potencializado pela desestruturação do mercado de trabalho e pela falta de amparo estatal e sindical, impede, em boa medida, que a classe trabalhadora coloque freios à deterioração das condições e relações de trabalho, a qual, por sua vez, alimenta o medo e a conseqüente sensação de impotência dos trabalhadores

Nesse sentido se faz necessário enfatizar a falta de uma política pública eficaz, o que Celina Souza (2006, p. 36) descreve como sendo um conjunto abrangente de ações, que vão além de normas jurídicas, realizadas de maneira intencional pelo Estado. No entanto o que vimos foram caos que retomaram a necessidade de se discutir diante do vírus letal, serviços sociais básicos que englobe também a crise sanitária, pois se a economia não vai bem outros setores tende a deteriorar.

De acordo com Paim (2008, p.34), ainda que reconhecendo os avanços expressos pela qualidade de determinadas iniciativas e programas do atual sistema de saúde, chama a atenção para um processo de arrefecimento dos ideais reformistas, que se expressaria seja na forma de certo “conformismo” em torno da realidade sanitária, seja na ausência de “proposições mais radicais da reforma sanitária brasileira”.

 As ações políticas sociais não têm alcançado a maioria da população, notório   durante essa pandemia, e   fez com que a sociedade necessitasse de ajudas solidarias, em sua grande maioria vindo de instituições e pessoas não governamentais, solidariedade essa que podemos conceituar como um “fato social”, definida assim por Durkheim(2008), para explicar melhor esse sentimento de agir para ajudar o outro.

No entanto as perdas de rendas fixas nas diversas regiões atingem diretamente as relações dos indivíduos consigo mesmo que mesmo contando com a solidariedade, modifica sua forma de pensar, segundo Rodrigues (2006):

 a eclosão da pobreza tende a reduzir o círculo de relações sociais do indivíduo, conduzindo mesmo a situações de ruptura e de isolamento. Não podemos esquecer que, para lá do seu lado mais visível, a pobreza tem também múltiplas faces ocultas, uma vez que representa sempre dependência, humilhação e vulnerabilidade. Esta ameaça de exclusão ligada à situação de pobreza pode hoje pairar sobre qualquer indivíduo.

 

De acordo com o site Fiocruz ainda não há uma disseminação uniforme do sentimento de que sem solidariedade a travessia da crise é muito mais penosa. A sociedade começa a se organizar com esse propósito, como o fez a Central Única das Favelas (Cufa), que publicou importante contribuição sobre como pode ser a resposta dos governos para os segmentos mais vulneráveis da nossa sociedade. Mas já passou da hora de os chamados investidores do mercado financeiro, que lucram com a especulação e não produzem nenhuma gota de álcool gel, compreenderem que precisam desempenhar um papel importante no apoio financeiro ao combate da pandemia. Devem ser “solidários” espontânea ou compulsoriamente.

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a pandemia, em várias cidades brasileira, muitos campos de trabalho  sofreram perdas, e foram prejudicados,exemplo os  trabalhadores do comercio informal.Numerosos trabalhadores dependiam   dessa renda para sustentar a família. Um grande exemplo disso são: os feirantes, vendedores ambulantes e comerciantes de lojas populares que precisam lidar diretamente com os clientes, mas em decorrência desse vírus acabou sendo prejudicado devido à baixa vendagem. Se o cliente não compra, dificilmente terá dinheiro em caixa. Em consequência alguns   produtos se estragam com maior facilidade e alguns não conseguiram adotar a pratica de delivery, ou vendas em sites, como foi o caso de alguns setores .Isso gera uma crise econômica, que reflete um cenário de pobreza, agravando mais a desigualdade social .No  Sul da Bahia, alguns donos de lojas   tiveram que fechar de vez o seu estabelecimento, por não ter condição de arcar com as despesas dos alugueis.

Outra principal fonte de rendas, de algumas cidades é o turismo, como por exemplo no sul da Bahia, que, também foi afetado, pois devido a decorrência do fechamento dos aeroportos, para que fossem cumpridas as determinações da Organização Mundial da Saúde para o isolamento social deixaram de ser visitadas, e consequentemente deixou também de arrecadar dinheiro, portanto hotéis e pousadas ficaram sem opções e funcionários sem cumprir atividades.

Diante do caos provocados pela  COVID19,a Universidade Estadual de Santa Cruz ,que fica localizada no trecho que liga as cidades Ilhéus e Itabuna  e a CEPEDI (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônica de Ilhéus ) se uniram e fizeram protetores faciais de impressão 3D, para doarem gratuitamente nos hospitais públicos aqui da Região, uma forma de amenizar a contaminação dos profissionais, que lidam diariamente com pacientes infectados ,caso do Hospital Regional do Cacau ,situado em Ilhéus que  segundo o site a tarde no mês de abril dos 483  profissionais de saúde que foram testados para diagnostico do vírus ,57 testaram positivos 

Outra ação da Universidade foi a  campanha UESC Solidária, em parceria com a AFUSC (Sindicato dos Servidores Técnicos da UESC), ADUSC (Sindicato dos Docentes da UESC), DCE (Diretório Central de Estudantes) e da PROEX (Pró-Reitoria de Extensão),  no dia 09 de Abril, o que ocasionou  a doação de 101 cestas básicas, para as famílias carentes do bairro Salobrinho e Vila Cachoeira, ,além de distribuírem mascaras,kits de higiene pessoal para aquelas pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. Essa parceria contou com o apoio da Associação dos Moradores do Salobrinho. São  pequenos gestos, que  tem criado um vínculo de solidariedade entre a Universidade e a comunidade, fazendo uma grande diferença socioeconômica.

FONTE:SITEUESC


FONTE:BLOGDOGUSMAO


Ainda segundo o site jornal Bahia Online,no mês de junho  a Universidade Federal do Sul da Bahia(UFSB) lançou a  campanha” UFSB SOLIDARIA NA LUTA CONTRA O CORONAVIRUS” para que fossem arrecadadas  doações em dinheiro para a compra de alimentos, materiais de higiene e proteção individual para ser entregue a grupos e comunidades vulneráveis nas cidades de abrangência da instituição no Sul e Extremo Sul do estado, dentre eles comunidades indígenas, quilombolas, catadores/as de materiais recicláveis, moradores/as das periferias, pescadores/as e marisqueiros/as.

 

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS PESQUISADOS

 

A crise mundial ,causada pelo covid 19 ,que afetou diretamente  setores da saúde, e socioeconômicos   ,obrigando as pessoas a conviverem com uma rotina até então difícil para muitos por não possuir recursos financeiros necessários  para se manter em isolamento social quando o que mais precisava era manter o seu sustento econômico e de familiares , pessoas que viviam em casas de aluguel ,perderam suas moradias e isso nos faz repensar o nosso papel  de fiscais dos órgãos públicos ,de cidadãos solidários que deviam cobrar mais ações por parte dos mesmos .

As  perspectivas em relação ao futuro ,ficou abalada diante de tantas vidas sendo levadas pela doença ,no entanto levantou se  discussões  ,por  pessoas de grupos diferentes ,e de classes sociais diferentes sobre solidariedade e a relação com o meio ambiente ,o que antes era uma busca  individual  por  recursos financeiros que lhes proporcionassem  um padrão econômico de vida cada  vez mais alto ,hoje se pensa mais em um futuro com recursos sustentáveis ,com espaço para que o outro possa também usufruir ,não de forma destrutiva ,mas com afetividade de quem pensa no planeta como o todo .

Pôde ser visto pessoas debatendo não só o sentido e a importância de investimentos em áreas como da saúde, ciência e educação, mas também o quanto o “desacelerar “promoveu a comunicação e o olhar sobre as diversas formas disso acontecer através de meios digitais, nunca se deu tanto valor ao contato humano e o mais diferente foi que através de formas virtuais.

Por enquanto é preciso mantermos o máximo possível de cuidado, respeitando o distanciamento social, lavando as mãos com água e sabão, usando a máscara regulamente e utilizando o álcool em gel, pois o” novo normal” e as mudanças causadas por ele tendem a ficar por muito tempo ainda, é preciso tempo para que as cidades voltem a regularizar os diversos setores. Sem dúvida a solidariedade de instituições de ensino, como as Universidades e vários outros populares estão tendo um papel fundamental nessa luta.

A necessidade de políticas públicas que promovam melhorias para a sociedade, é de suma importância, pois a pandemia possibilitou mostrar que o sistema está falho, a população tem vivido com o mínimo quando devia ter uma qualidade de vida melhor.

 

 

6. REFERÊNCIAS

 

CUFA. Propostas de medidas para reduzir os impactos da pandemia de covid19 nos territórios das favelas brasileiras. Disponível em :>http://cufa.org.br/noticia.php?n=MjYx .Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

 

Disponível em http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/48493 Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

Disponível em :https://jus.com.br/artigos/75475/politicas-publicas. Acesso em 23 de setembro de 2020

 

Disponível em: www.atarde.com.br. Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

Disponível em :www.uesc.br. Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

Disponível www.jornalbahiaonline.com.br Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

Durkheim E. Da divisão do trabalho social. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes; 2008. Coleção Tópicos

 

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 PAIM, Jairnilson Silva. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica. Salvador: Edufba; Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2008.

 

 ROCHA, S. Pobreza no Brasil: afinal de que se trata? Rio de Janeiro: FGV, 2003.p. 3-11, 1978.

 

RODRIGUES, E.V. et al. A pobreza e a exclusão social: teorias, conceitos e políticas sociais em Portugal. Disponível em:< http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1468.pdf

 

SILVA, S.S; GRACIOLLI, E. J. O (INFORMAL E DESEMPREGADO) MUNDO DO TRABALHO E OS IMPASSES DO SINDICALISMO. Disponível em: < http://www.sep.org.br/artigo/29_SILVA.pdf> .Acesso em 23 de setembro de 2020.

 

SOUZA, Celina. "Políticas Públicas: Questões Temáticas e de Pesquisa", Caderno CRH 39: 11-24. 2003. Disponível em < http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/2789>. Acesso em 23 de setembro de 2020.